O Pampa é um bioma partilhado que se estende pelo Brasil, Argentina e Uruguai, ocupando, assim, uma área total de 700 mil quilômetros quadrados, abrangendo 2/3 da área do Rio Grande do Sul. O clima temperado, com temperaturas médias entre 13 °C e 17 °C, garante ao bioma características únicas. Uma delas é a presença de grandes campos de gramíneas com 450 espécies dessas plantas espalhadas pela região.

Esse cenário foi encontrado pelos primeiros seres humanos que habitaram a região Sul do Brasil, há cerca de 12 mil anos, e continua sendo a cara do Pampa atual. A ocupação do Pampa para atividades econômicas começou com a chegada dos espanhóis e dos portugueses à região no século XVII. As peculiares características do modo de vida pastoril teriam forjado a cultura do Gaúcho, que deriva do amálgama da cultura ibérica e indígena, adaptada ao trabalho executado nas propriedades denominadas estâncias como criação de gado e ovelhas. Por sorte, em vez de prejudicar a vegetação, a presença do gado permitiu a sua conservação: a ação dos animais que pastam é benéfica para a manutenção das principais espécies de gramíneas e leguminosas do bioma.

À primeira vista, o bioma parece bem mais simples do que os outros, não tendo uma fauna exuberante como a da Amazônia, ou uma floresta tão imponente como as encontradas na Mata Atlântica. Porém, isso não quer dizer que ele seja menos importante! Pelo contrário, os campos do Pampa contribuem para a absorção de carbono da atmosfera e o controle da erosão. Ali há mais de 3 mil espécies vegetais, muitas delas endêmicas, bem como várias espécies da fauna, que dependem dos campos para a sua manutenção. (Fonte: Embrapa)

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